Blainey é tido como um dos australianos mais influentes. Em mensagem ao redador de Ultimato, ele conta que escreveu "em parte na tentativa de satisfazer minha própria curiosidade sobre o cristianismo e sua longa história" e acrescenta: "Tentei ser justo com aqueles que, no passado, abraçaram diferentes crenças. Pesquisando e escrevendo sobre o livro aprendi, [...] cheguei à conclusão de que o cristianismo tem renascido de novo e de novo e, portanto, eu não concordo totalmente com aqueles que preveem que seu declínio na Europa é permanente". Blainey se declara protestante, de origem metodista; diz que vai a várias igrejas ao longo do ano e, quando no exterior, participa de cultos católicos e ortodoxos.
Antecipando-se aos céticos - aqueles que dizem que Jesus nem sequer existiu -, logo na introdução de seu livro, Blainey afirma que, "de todas as pessoas comuns daquela época, desconhecidas fora de sua terra, a vida e os ensinamentos de Jesus estão entre os mais documentados" e declara que investigar como historiador a história de Jesus foi uma tarefa fascinante (devido ao modo como o cristianismo moldou a civilização ocidental e afetou o modo de viver das pessoas), frustrante (porque em mistério) e perigosa (por ser uma trajetória pontuada de controvérsia).
No último capítulo, depois de mencionar a dificuldade de avaliar uma religião tão antiga e disseminada, cujo seguidores discordam entre si, ele afirma: "O cristianismo moldou - e às vezes desmanchou - muita coisa no mundo moderno. Não somente a moral e a ética receberam influência, mas também o calendário, os feriados, a assistência social, os eventos esportivos, arquitetura idioma e literatura. Talvez nenhuma outra instituição tenha cuidado tão diligentemente dos enfermos, dos pobres, dos orfãose dos velhos". As últimas palavras do livro são singelas: "É notável como um homem que viveu há dois mil anos, não ocupou cargo público nem era rico, e nunca visitou um lugar que ficasse a mais de dois dias a pé de distância do lugar onde nasceu, possa ter exercido tanta influência, com seus ensinamentos, profecias, conselhos e parábolas".
Por Klênia Fassoni, Revista Ultimato novembro/dezembro de 2012 - N° 339
Título: Uma Breve História do Cristianismo
Autor: Geoffrey Blainey
Editora: Fundamento
Páginas: 334
5 comentários:
Blainey demostrou com esse livro que de História do cristianismo ele sabe muito pouco, e de cara deu cagada feia quando mencionou "a historia do fundador..." qual fundador caramba?? jesus num fundou nada não, foi paulo que fundou... quem tiver o mínimo de senso critico deixa de ler o livro, ou reconhece que ele não tem condições de falar nada sobre o assunto, e pior ainda "uma das mais bem documentadas..." ele ta louco??? só exiistem relatos sobre jesus na bíblia, todo historiador sabe disso. Uma bosta o livro desse cara. Quer um teólogo que preste e historiador? leiam Bart Ehrman.
Meus caros,
Permitam-me discordar dos dois, não acredito, sinceramente, que o autor tenha pecado naquilo a que se propôs.
Ora, o próprio título já vem dizendo a que vem: "Uma breve história".
Não penso que o autor tenha querido escrever uma obra magistral sobre Cristianismo, e pelos livros que ele vem escrevendo se pode notar; são sucesso de vendas por justamente se adequarem ao público geral.
Se desejam uma literatura mais abrangente sobre a história do Cristianismo, lhes recomendo a obra do Daniel Rops, "História da Igreja de Cristo" em 10 volumes, cada um com mais ou menos 500 pags.
E não concordo que o autor tenha dado uma "cagada" em afirmar a história de seu fundador, apontando para Jesus. Ora, é o próprio Cristo quem afirma a intenção de fundar uma Igreja, não bastasse isso, note o uso do pronome possessivo na passagem em questão (Mt 16,18).
Pelo o que pesquisei, parece ser uma obra de onde se pode tirar aspectos interessantes a cerca da visão do autor, sem dúvida, irei usá-la como fonte para citações acadêmicas.
Parabéns pela admirável sensatez e coerência nas suas palavras Pedro. Demonstrou muita razão e o devido respeito ao se falar de um tema tão impactante.
Deus possa o acrescentar cada vez mais, em nome do Senhor Jesus, o Cristo.
A julgar pelo seu linguajar, vê-se onde está a ignorância.
O livro é razoável, mas como o próprio autor mencionou, é uma breve história, sem muitas riquezas de detalhes. Só achei que por ele ser protestante metodista, deu muita ênfase ao protestantismo e pouca ênfase ao catolicismo.
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