Antes de ler o livro de Juan Stam, o leitor poderia concluir que o autor exagera - se não se equivoca - quando faz esta afirmação. Mas não é o caso. A sua ênfase está devidamente na consistência do tema da nova criação ao longo das Escrituras, inclusive no livro de Gênesis, que relata a "velha" criação. O argumento é tão simples que é difícil negar: O final dos desígnios de Deus nas Escrituras, previsto desde o início, é a sua nova criação, e tudo que ocorre antes disso - o pecado, a salvação e a missão da igreja - caminha nessa direção à terra, onde um dia, conforme as Escrituras, o céu descerá.
Talvez o leitor espere uma boa defesa bíblica da responsabilidade socioambiental dos cristãos. Porém o autor surpreende. Além de simplesmente defender o cuidado cristão do meio ambiente (inclusive a parte do meio ambiente que é humana), ele configura tal responsabilidade dentro da escatologia bíblica. A questão não é simplesmente que o cristão e a igreja, criados à imagem e semelhança de Deus, devem ser bons mordomos do seu meio. Antes, devem também contribuir a redenção da criação porque este é o seu destino escatológico, o qual já se iniciou na cruz do Calvário, que revelou definitivamente a soberania de Cristo sobre a criação não apenas por quem foi criada, mas também para quem foi criada. A dimensão escatológica da criação ( por isso, "nova criação") muda radicalmente a prática cristã a seu respeito.
Por Timóteo Carriker - Revista Ultimato nº339 - reprodução permitida
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Título: As Boas Novas da Criação
Autor: Juan Stam
Editora: Novos Diálogos
Páginas: 124
Editora: Novos Diálogos
Páginas: 124
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