No primeiro capítulo, Andrew faz uma análise dos pormenores renascentistas que estavam em voga nos anos antes da reforma e durante a reforma. Citando fartas fontes primárias, ele observa que a Reforma não foi um acontecimento isolado em seu tempo, mas foi filha de um outro acontecimento: o renascimento.
Geralmente aprendemos na escola somente o renascimento italiano, tendo Leonardo Da Vinci, Miguel Ângelo, Rafael e outros como destaques, porém Andrew foca no renascimento no Norte da Europa. Homens como Erasmo se preocuparam e traduzir a Bíblia para língua vernácula das pessoas antes mesmo de Lutero. Outros biblicistas da época tiveram o mesmo intuito de traduzir as Escrituras para língua do povo. Contando com apoio de judeus, que ensinaram o hebraico aos intelectuais biblicistas e com as fontes bizantinas, os renascentistas exerceram um importante papel para abalar o sistema predominante na época.
A invenção da imprensa de Gutemberg deu voz a esses homens, porque suas ideias podiam ser impressas em minutos, diferentemente das cópias feitas pelos copistas. Nos capítulos seguintes, o autor aborda o desenrolar da reforma tendo como personagem principal Lutero. Atherstone discorre sobre a vida de Lutero, suas ideias e lutas contra algumas doutrinas ensinadas pela igreja romana.
Nos capítulos seguintes ele aborda a vida de cada personagem importante: Zwinglio, Calvino, Henrique VIII, etc. Também aborda um pouco sobre os grupos da reforma radical, como os anabatistas por exemplo. Recomendo a leitura deste livro, que o ler não irá se arrepender. Foi publicado no Brasil pela CPAD(Casa publicadora das Assembleias de Deus).
Resenha escrita pelo colunista Jônatas Filipe Maciel
Título: A Reforma: As transformações de um mundo em conflito
Autor: Andrew Atherstone
Editora: CPAD
Páginas: 2017
Autor: Andrew Atherstone
Editora: CPAD
Páginas: 2017