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domingo, 21 de abril de 2019

Resenha do Livro Morte na Cidade - Francis A. Schaeffer

O livro Morte na Cidade é o terceiro livro escrito pelo  Francis  A. Schaeffer,  ele é considerado uma das peças chaves para entender o pensamento do pastor e filósofo cristão, conhecido internacionalmente por ter participado da ABU/IFES e por ter fundado o L'Abri junto com sua esposa, muitos de seus livros são publicados pela editora Cultura cristã.

Morte na Cidade já mostra a marca de Francis Schaeffer na leitura de nosso século, ele analisa o distanciamento do Ocidente Europa e EUA no século XX, como esta geração deixou de conhecer o evangelho e/ou apostatou da fé. O autor faz um paralelo de nosso tempo com os livros Lamentações e Jeremias, do profeta bíblico, apontando as causas do distanciamento da fé, a perda do moral absoluto, a perda da razão e o pensamento existencialista de "nada faz sentido", em contraposição a fraca pregação dos púlpitos sobre o verdadeiro problema da falta uma ortodoxia amorosa e firme, assim expondo toda a sua preocupação com nossa geração.

O autor também comenta o problema do pecado e do juízo, como ele é interpretado no século XX em sociedades pós cristãs, faz comentários minuciosos do livro de Romanos, principalmente o primeiro capítulo, com o principal objetivo de modelar o pensamento cristão a reagir para que o evangelho possa novamente florescer em nosso tempo.

Francis A.  Schaeffer, assim como em seus livros posteriores já mostra sua "marca literária", seu profundo conhecimento  na filosofia moderna e sua incrível capacidade de fazer sintese, é algo impressionante e que ajuda muito o leitor a entender autores clássicos modernos, alem de ter a beleza estética da exposição de seus comentários também sobre arte e ainda toda a sua intelectualidade bíblica recheada de compaixão.

Interessou, compre o seu livro novo ou usado: 
 Morte na Cidade
Título: Morte na Cidade
Autor: Francis A. Schaeffer
Editora: Cultura Cristã
Páginas: 11

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Resenha do livro Fé Cristã e cultura Contemporânea

O livro Fé Cristã e cultura Contemporânea, é na verdade um compilado de artigos de grande relevância sobre  a cosmovisão cristã, igreja local e transformação integral. Seus organizadores são membros do L'Abri do Brasil, organização cristã de fé reformada, que surgiu na década de 60 pelo filósofo e pastor Presbiteriano Francis Schaeffer na Suiça.

O primeiro artigo é uma profunda análise do pastor e mestre em teologia e ciência da religião, Guilherme de Carvalho sobre a responsabilidade Cristã da igreja e suas implicações, mostrando diversos pontos que as grandes tradições evangélicas lidam com a questão, inclusive o autor analisou como isso foi tema de debate no Congresso de Lausanne de 1974, ele também apresenta a sua visão que faz uma ponte com o pensamento de uma escola de pensamento reformado da Holanda, cujo o principal nome é Abraham Kuyper.

Em seguida vem um enriquecedor artigo do Rodolfo Amorim Carlos de Souza, mestre em sociologia pela UFMG, o autor que é um dos fundadores do L'abri Brasil apresenta o pensamento sobre arte  de Hans Rookmaaker, professor da escola livre de Amsterdã,  um cristão reformado que foi destaque ao ensinar o que é uma cosmovisão cristã na arte, inclusive sendo destaque no mundo acadêmico de sua época O interesse dos artigos apresentados por ele, em forma de capítulos é como o autor conseguiu sintetizar pensamento de Rookmaaker sendo muito pedagógico em sua exposição.

Os professores universitários Leonardo Ramos, Matt Bonzo, Claudio Antônio Cardoso Leite e o diretor do L'Abri da Inglaterra Andrew Fellows, enriqueceram ainda mais o leitor com seus artigos que versaram sobre o individualismo na cultura ocidental, suas consequências práticas na vida da igreja e da sociedade, trazendo todo o arcabouço filosófico e histórico de como ocorreu esta mudança radical. Os autores também buscaram respostas a esta grande crise humana, apontando para o caminho da redenção de Cristo e convocando os cristãos a exercerem o seu papel social e ministerial de levar todas as esferas da vida para o Senhorio de Jesus.

O livro é um compêndio do conhecimento com uma espiritualidade viva em suas linhas que o leva a pensar a fé de forma sobrenatural e racional, onde nós cristão não podemos negligenciar nossas responsabilidades de ser sal e luz do mundo, em um ambiente de trevas em diversos campos da ciência e da vida humana. O livro é muito pedagógico, ensina o leitor os caminhos que a nossa sociedade foi construída e como o seu distanciamento do Deus verdadeiro trouxe graves consequências nas gerações do século XIX, XX e do século atual. Um livro intelectualmente magnifico e que nos leva aos pés de Jesus como resposta, não de forma simplista mas com uma grande base da tradição reformada.



Título: Fé Cristã e Cultura Contemporânea
Autor(a):  Vários

 Editora: Ultimato
 Páginas: 219



terça-feira, 13 de maio de 2014

Resenha do livro A Morte da Razão - Francis Schaeffer

Seja bem -vindo  A Morte da Razão, Edith, a esposa de Francis Schaeffer, uma vez disse que "é preciso escutar o que a próxima geração está dizendo, escutar as palavras das músicas que estão ouvindo, escutar o significado por trás das palavras. Se é para conseguir uma verdadeira comunicação, há uma linguagem a ser aprendida" (Francis Schaeffer - an authentic life, tradução livre).

O livro A Morte da Razão é um exemplo do que foi a vida de um homem que buscou fazer exatamente isso na geração em que viveu, os conturbados anos 60. Fui publicado, pela primeira vez, em março de 1968, fruto das fitas de gravação de suas palestras a universitários da ABU na Inglaterra.

Schaeffer talvez seja um personagem pouco compreendido hoje,  vulnerável aos estereótipos que simplificam uma figura extraordinária, que deixou um legado importante na formação de líderes de vários continentes. Quanto o livro, talvez se poderia discordar das "culpas" que ele distribui a certos personagens da história. Porém é preciso reconhecer que ele faz o importante exercício de buscar ler o que está nas entrelinhas, no não dito, sobre como as mentalidades mudam e as implicações dessas mudanças na vivência e na proclamação da fé cristã.

Schaeffer buscava desvendar o pano de fundo histórico das tendências do pensamento moderno. O pensamento humano teria se tornado fatalmente autônomo da revelação bíblica. O ser humano e sua pretensa autonomia estariam agora no centro do conhecimento e da definição da realidade.

Ele foi o profeta de seu tempo e dos tempos que ainda viriam, incluindo o nosso. Quem o conheceu revela-nos que ele era não só um leitor voraz, mas também um profundo conhecedor da cultura popular de sua época, o tipo de pessoa que subia uma montanha para passar horas discutindo com hippies sobre o que norteava suas vidas. Uma pessoa sensível, um coração evangelista, um livro bem-vindo para nos inspirar a seguir a exortação de Edith de que sejamos fiéis e conectados com a nossa geração.

Fonte: Revista Ultimato - nº 348  Por Ricardo Wesley M. Borges

Título:  A morte da Razão
Autor:
Francis Schaeffer

Editora: 
ABU Editora e Ultimato
Páginas:  104

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Resenha: Livro Pós-Modernidade novos desafios da fé cristã

A obra Pós-Modernidade novos desafios da fé cristã foi escrito por Daniel Salinas e Samuel Escobar representantes do seminário  Fraterniadade Teológica Latino-Americana, que possuí fortes ligações com missões universitárias em todo mundo.

O livro é um pequeno ensaio sobre a cosmovisão da sociedade atual, ele retrata o declínio do Modernismo e o começo da pós-modernidade com o seu conceito de desesperança, modéstia e pluralismo cultural refletindo na negação de absolutos e afirmando  muitas verdades sem nenhum exclusivismo.

Daniel Salinas e Samuel Escobar, retratam os desafios na evangelização em nossa sociedade, concedendo uma pequena apologética no qual é afirmado que para ganhar está geração, é necessário amar e aumentar o relacionamento em profundidade com os descrentes, sempre confiando na ação do Espírito Santo. O missionário pós-moderno tem como tarefa levar a esperança através da pessoa de Cristo e ser contracultural ao afirmar as verdades Bíblicas, mas sem o tom de superioridade arrogante sobre o pensamento dos ouvintes, pois isto é a chave da comunicação sadia  no mundo de hoje.


Pós-Modernidade novos desafios a fé cristã é uma obra excepcional, rica em conteúdo do começo ao fim,  que vale a pena ser lida e estudada principalmente devido a sua importância aos fatos culturais que ocorrem em nosso tempo e o seu contexto com a América Látina. Vale a pena ler e indicar!

Título: Pós-Modernidade novos desafios da fé cristã
Autor:  Daniel Salinas e Samuel Escobar
Editora: ABU Editora
Páginas: 100

Resenha do Livro A Falência dos deuses: A idolatria moderna e a missão cristã

Essa livro começou a me surpreender desde o primeiro contato com ele. Lembro-me do Natan me dizendo: “é uma análise bastante profunda da modernidade.”. Tentei lê-lo sem rabiscar e não consegui. De fato, é uma literatura muito profunda (da qual eu gostei muito) e que eu nunca tive contato.

 O livro é dirigido a estudantes e a outros cristãos pensantes e é escrito sob a convicção de que o descarte do Deus revelado na bíblia tem aberto o caminho para o surgimento de novos deuses que podem acabar por destruir seus devotos, como uma jamanta. É escrito com o propósito de deixar a Bíblia falar por si, dando indicadores bíblicos e históricos que auxiliem os leitores na jornada além da modernidade, na contracultura do reino de Deus. É dividido em oito capítulos, os quais serão comentados um a um a seguir.

O capítulo 1 é a Introdução: Modernidade e ídolos. Foi um capítulo de choque no começo, mas que já no seu terceiro tópico começou a fazer sentido – entendi onde o autor estava querendo chegar. E onde é isso? Ramachandra queria chegar no ponto de que em nossa era de radicalização da modernidade o homem está dando as costas para Deus e isso traz muitas e sérias implicações. Ele passa, não a não crer em nada, mas a crer em tudo, pois são perdidas as coordenadas básicas da existência humana. A essência troca-se pela imagem. Agradar os leitores é preferível a desafiar pessoas. O consumismo corrosivo é maquiado para ser entendido como a felicidade. O ser um humano é fragmento em áreas não-conectadas entre si e da mesma forma a ciência. O sentido se perde por completo. E essas consequências são a causa da construção de deuses. E elas mesmas tratam de destruir a modernidade, tornando-a um paradoxo.

O capítulo 2 também foi muito surpreendente, a começar com a primeira frase – uma frase de Marx de quando ele era judeu-cristão, aos 17 anos. Esse capítulo tratou basicamente da religião – tanto secular como com roupagem cristã – sendo capaz de criar ídolos. No lado secular, temos por base Hegel com seu deus impessoal, ou como ele chama, Razão e seguindo essa linha surgiram Marx, afirmando que a religião é o ópio do povo, Feuerbach, afirmando que a religião é um reflexo da própria pessoa e Freud, afirmando que a religião é um estágio infantil da espécie humana e existe por causa da sexualidade subconsciente na infância. Isso nos desafia a repensar a bíblia. Iahweh não é impessoal, é o Deus das mudanças, que exige adoração radical e não era um deus da natureza, como os dos outros povos, incompatível com a injustiça social na comunidade de Israel. Da mesma forma hoje temos inúmeros falsos evangelhos em que a fé está associada a algum interesse (vaga no céu, segurança emocional, cura, status, etc) e não a Deus em si – é uma fé fácil, sem arrependimento, sem dúvidas – morta. E é idolatria, trata-se de manipular “Deus”, diferente da fé bíblica que é grata a Deus por Jesus Cristo e nos torna filhos, agentes e voluntários dele e nos coloca no mundo para a missão. E temos esperança por causa da cruz – que justamente contrária a tudo que os profetas seculares mencionaram. Uma dúvida que o autor respondeu e que para mim foi muito significante foi quanto a interpretação de 1 Tm 6.6ss. Devemos sim lutar/trabalhar por justiça social (ainda que estou orando e pensando em como fazer isso em meu contexto), pois se trata de uma questão de mordomia segundo a vontade de Deus. E realmente o fato disso parecer extraordinário para mim é porque a igreja moderna tem sido afetada pelo egoísmo e isolacionismo moderno. Mas voltando ao tema central do capítulo, a grande falácia por trás dos raciocínios dos profetas seculares é que eles não funcionam se virados contra eles mesmos. E isso indica idolatria – pois são vítimas do engano de si mesmos e dos desejos que eles atribuem a religião e tentar satisfazer com suas utopias. Freud escondia seus registros da infância enquanto tornava a sexualidade um ídolo e Marx tornou a classe trabalhadora um ídolo enquanto zombava dos devotos. Já C. S. Lewis conseguiu ver além – que esses desejos universais (fome, sede, etc) indicam que há algo que os satisfaçam. A alegria é o desejo que só seria satisfeito em Deus – Deus, cuja Palavra revelada na história traz perdão ao passado e esperança para o futuro.

 O capítulo 3 discorre sobre a doutrina da criação, mostrando que Deus não criou o mundo e ‘deixou rolar’ – não – ele se envolveu e se envolve com a criação. Ramachandra explicitou a interpretação natural do texto de Gênesis 1 – a literária – nem literal, nem conciliatória. Além disso, ele trouxe à tona as implicações dessa doutrina – a falência do misticismo com astro, a questão do valor intrínseco do ser humano imago Dei, nossa responsabilidade para com a terra –, os seus dilemas (ou não) como o mundo moderno do neodarwinismo, que tenta trazer implicações filosóficas para a biologia de forma incoerente e ainda falou sobre o mistério da soberania divina e responsabilidade humana. Um ótimo capítulo.

O capítulo 4 falou sobre o problema do sofrimento – aparentemente sem sentido e inconciliável com o Deus bom, justo e amoroso que temos. O próprio fato de buscarmos um sentido pressupõe nossa crença em Deus. E assim com Jó, queremos respostas. Deus não lhe deu respostas – apenas mais perguntas e mais conhecimento do caráter dEle. Deus mostrou que também se importa com o sofrimento e ama a todos, por mais injustos que pareçam aos nossos olhos e mais – mostrou que esse amor e essa graça são gratuitos, independentes da vontade de Jó e que ele sabe o que está fazendo, pois está no controle. Ficamos, como Jó com mais perguntas ao terminar esse capítulo, mas ele nos lembra, acima de qualquer coisa, que o nosso Redentor vive e por fim colocará os seus pés sobre a terra. Amém.

O capítulo 5 fala sobre a violência dos ídolos. Como eles são formados, como ‘funcionam’ em seu poder desumanizante, sobre os novos demônios e a ideologia desenvolvimentista – que invoca o deus Mamom como base de classificação dos seres humanos. O autor ainda dá dois exemplos bíblicos – Noé e o dilúvio, onde Deus mostra a resposta caótica à humanidade devido a sua reversão de ordem imposta por Deus - e a torre de Babel – onde os homem dominados pelo orgulho e segurança na uniformidade tentam ser deuses, chegando aos céus. O autor resume o capítulo na seguinte frase: “O nosso pecado humano é simplesmente nos recusarmos a deixar que Deus seja Deus, e tentamos, tanto individualmente quanto coletivamente, tomar o lugar de Deus como centro da realidade.”. (p. 169).

O capítulo 6 fala sobre a ciência e a fé cristã – um tema, que, penso eu, tem muito a ver com a vida universitária de qualquer jovem cristão. Como conciliar essas coisas? Para Ramachandra elas não são tão distantes – aliás, não só para ele – elas realmente não são distantes, pois a ciência surgiu a partir do desejo cristão de entender a grande e sabia Criação com humildade e confiança. Porém hoje a ciência se tornou um ídolo. E como todo ídolo desumaniza e evidência as consequências da Queda. Comentarei mais sobre esse capítulo mais a frente.

O capítulo 7 faz uma abordagem parecida, porém repensando das origens iluministas do ídolo da ciência e como a nossa pessoalidade não subjetiva derruba todos os ídolos criados. Bom, por fim, vem o capítulo 8. Quando li os títulos dos capítulos, criei muitas expectativas sobre o capítulo 8 – afinal é a solução do problema de todo o livro. A cruz, o tema predileto (e com razão) de qualquer cristão, pois é nela onde tudo se revela, tudo cai, as máscaras rolam pelo chão e Deus nos toma para ele. Quando cheguei nele fiquei entusiasmado. Bem minhas expectativas foram superadas! Que capítulo! Cristo venceu todas as idolatrias – aliás, as minou, pois o Deus Crucificado, pela sua fraqueza, venceu toda a força do mal. Retirou todo o orgulho, religiosidade, nacionalismo se ferindo com o nosso pecado, nossas chagas, nossa culpa, nossa maldade e tomando sobre ele. Tudo isso por amor a sua Criação, aos suas criaturas a quem ele devolveu a humanidade, perdida na Queda. E o livro termina com o grande desafio de unir graça e verdade, mudança de mente e atitudes e proclamar o Jesus de verdade, Juiz, Salvador, Senhor sem a idolatria oriunda de qualquer meio. Acho que essa resenha saiu um pouco fora do padrão, mas o livro também foi assim comigo. O que mais mexeu comigo nesse livro? Bem, muitas coisas:

 1. A ideia de idolatria. Como posso ver que estou cheio desse terrível pecado em muitas áreas da minha vida! Todos sempre dizemos que idolatria é muito mais que imagens, mas não levamos isso muito a fundo. Ramachandra leva e com razão. Beleza, mídia, tecnologia.
2. A questão da fragmentação do ser. Isso é real na vida de muita gente (estou orando a Deus pela mudança!). Como somos estimulados a tratar tudo separadamente (profissional, estudantil, espiritual,...), em esferas que não se relacionam. A tratar conhecimento como algo que está dissociado da vida cotidiana. Que horrível isso! Não é assim que deve ser. É muito mais holístico.
3. A questão da fé e ciência foi muito importante para mim nesse livro, principalmente no capítulo 3,6 e 7. Ver a beleza da Criação e o envolvimento de Deus com ela (nunca havia lido nada assim!) e como a fé a ciência não são contrastantes – a ciência surgiu por causa da fé cristã! Já tinha lido muito sobre o assunto, mas nada assim.
4. A questão do sofrimento do capítulo 4 foi abordada de uma forma muito legal. Jó tinha o desejo de domar e possuir Deus (o que fazemos com muita frequência!), aprisionando-o a características humanas, num esquema previsível. Temos de deixar Deus ser Deus. O Deus de amor, graça, misericórdia, paz e justiça em quem confiamos. Ele tem os propósitos dEle no sofrimento.
5. A questão da responsabilidade na pesquisa científica. Como aluno e professor, esse foi um dos temas que achei bem legais no livro. Ficou de alerta para eu ver o quanto preciso refletir nessas coisas, da nossa responsabilidade na sociedade como profissional. Como poderei ser um engenheiro e um professor que estão atuando para o bem das pessoas ao redor?
6. A questão da soberania de Deus. Às vezes me preocupo extremamente com as coisas que estão acontecendo e até me angustio, e esqueço-me do Deus que criou todas essas coisas. Foi muito importante me lembrar disso. Ele está no controle. Isso tem que ficar muito bem lembrado na minha cabeça. Foi bem importante para mim isso no momento em que li, pois estava assumindo a presidência do GB de Goiânia, e estava com mil preocupações na cabeça.

O livro foi assim um conforto, um lembrete: o mesmo Deus que me escolheu, justificou, estava ali comigo, dando graça e eu nem para perceber isso. Fazer uma crítica é até difícil depois de uma obra tão bem construída como essa. Mas vamos tentar. Eu gostaria de ter visto um pouco mais de pessoalidade durante os capítulos. Acho que a vida do autor fala muito – é o ethos grego. Seria legal incluir uma autobiografia ou mesmo uma biografia no começo ou no fim do livro falando de quem é o autor com mais detalhes (ele cita um pouco de sua história em um dos capítulos).

O que vou levar para minha vida? Na verdade, tudo que me tocou e citei acima vou levar para minha vida, mas posso tirar uma lição mais geral: acho que a grande lição que tirei para mim desse livro é o olhar crítico a partir da fé. Nossa visão de mundo deve estar centrada na nossa fé em Cristo e nos grandes acontecimentos que Deus realizou e que nós realizamos: A Criação, a Redenção e a Nova Criação (Dele) e a Queda (nossa). Tudo que formos pensar deve passar por esse crivo – pois sei que foi assim que Ramachandra pôde escrever esse livro, pois percebo isso em tudo que ele diz. Que Deus dê sabedoria e entendimento para isso.

 Por Paulo Sérgio Zanin Júnior, Abuense de Goiania - GO

Título: A Falência dos deuses
Autor: Vinoth Ramachandra
Editora:ABU Editora
Páginas: 288

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Resenha: Livro O Problema do Sofrimento

O livro O Problema do Sofrimento foi escrito pelo teólogo anglicano e professor da Oxford, C.S. Lewis que nasceu na Irlanda e é considerado uma das maiores vozes do cristianismo protestante do século XX.

O Problema do Sofrimento, aborda grandes questões humanas e teológicas, respondendo a questões como o porque que Deus permite o sofrimento e porque o homem sofre. C.S Lewis discorre belamente em uma leitura cheia de grandes exemplos e passagens bíblicas, as consequências da queda do homem em uma antropologia cristã admirável. 

A obra, possuí um caráter apologético, não que está seja sua intenção primordial, mas ao demonstrar que a humanidade está distante de Deus, o sofrimento torna-se um problema e uma solução que estão sobre as mãos do Deus justo e amoroso, pode-se dizer que este livro é uma resposta a várias questões levantadas pelo ateistas, ao acusarem Deus de ser mal. O autor também disse.rta sobre a esperança do Céu, o cuidado com os animais, enfim é uma excelente leitura, vale a pena comprar e conferir!

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Título: O Problema do Sofrimento
Autor: C.S. Lewis
Editora: Vida
Páginas: 176